quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

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Todos possuem uma pessoa detestável na vida!...
(O texto será concluído)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

???


Quantos "eus" moram em mim?

Quem na verdade eu sou?

Será que sou protagonista da minha existência dentro dessa esfera colossal em que vivemos, ou será que sou apenas uma mera coadjuvante?

Será que o autor da obra (minha vida) tem tido liberdade para desenvolver os tramas em minha vida, ou será que tenho tomado de suas mãos a tinta e o papel na ânsia de mudar o desfecho dos acontecimentos?

A que gênero pertence a escrita sobre a minha vida... Não sei definir...

As vezes parece uma poesia cheia de nostalgias, egocentrismo, subjetivismo, saudosismo, idealizações... me lembrando a grande fase do Romantismo... (Livrai-me do Mal do século).

Outras vezes, lembra uma epopéia ( grande Homero), com herói e tudo... e como uma epopéia, parece que a história nunca tem fim.

Em alguns momentos lembra uma típica Tragédia grega (Salve tio Tote, que muito estudou sobre esse gênero) cheia de conflitos entre eu (personagem) e as leis, o destino e essa digníssima sociedade...

Mais distantemente, lembra a fase Naturalista ( que passe longe de mim o Determinismo) da Literatura... Como se eu fosse um laboratório de experiências científicas, onde se utilizam dos conhecimentos da Biologia, da Psicologia e da Sociologia para tentar me entender... Será isso possível?

Por vezes minha vida está situada em um Conto de fadas ( Lembranças à Cinderela, Rapunzel, a Bela e a Fera...). Tão linda essa fase! Sempre com final feliz... mas ainda não terminou a história que está sendo escrita sobre mim, então, ainda não sei como terminará, espero que com um final feliz também!

Na verdade, acredito que a história da minha vida não se limita à apenas um gênero, vai além.... Assim como Machado de Assis.

Por fim, prefiro pensar que o texto da minha vida está sendo tecido segundo a visão do meu escritor favorito, tio Pessoa (Fernando Pessoa). Assim, notando a existência de maneira singular, criando os protagonistas dentro de mim, posso ser mais de uma (Heterônimos), fingindo ser quem eu quiser ser em alguns momentos ("O poeta é um fingidor"). Sentir, antes de ser ("Sentir é criar. Sentir é pensar sem idéias, e por isso sentir é compreender, visto que o universo não tem idéias").

Utilizando a expressão "amar" para quem eu amo ("Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?").

Inventando viagens quando estiver entediada ("Para viajar basta existir"). Sonhando sempre ("Tenho em mim todos os sonhos do mundo"). Não dando tanta ênfase na história ao amor romântico (" O amor romântico é como é como um traje, que, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e , em breve, sob a veste do ideal que formamos, que se esfaleça, surge o corpo real da pessoa humana, em que o vestimos. O amor romântico , portanto, é um caminho de desilusão. Só o não é quando a desilusão, aceite desde o princípio, decide variar de ideal constantemente, tecer constantemente, nas oficinas da alma, novos trajes, com que constantemente se renove o aspecto da criatura, por eles vestida.").

Usando a escrita para aliviar os efeitos da explosão de sentimentos e idéias que acontece em meu interior ("Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e, portanto, vitais outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de idéias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso."). Tentando esquecer o passado ("O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.”). Aproveitando cada dia à mim oferecido (“ O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela.").

Dessa maneira simulo escrever a história da minha vida, procurando em algum canto encontrar o meu verdadeiro “eu”... Talvez encontre, talvez não.

Quem sou eu, onde me perdi, quando me encontrei...

“Só sei que nada sei”... (salve Sócrates, que após ter estudado tanto ao longo da sua vida, conclui dessa forma).

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Remendos...


Não quero mais que costurem emendas de tecidos de sentimentos em meu coração,
Pois eles se rompem.
Quero uma roupagem nova, peça exclusiva, cheia de detalhes, colorida, sofisticada, engraçada, clássica.
Todos os dias vestirei meu coração, sem usar as velhas roupas...
Roupas que ficaram no armário esquecidas, jogarei pela janela...
Roupas que não cabem mais em mim, doarei à alguém, por vontade própria...
Roupas que não combinam com o meu jeito de ser, não mais as usarei...
Tentarei diminuir o apego que tenho à elas.
É preciso esvaziar o armário e não mais procurar nas gavetas aquelas peças que foram usadas e que não me deixaram a vontade.
Quero que o meu coração tenha o que escolher, tecidos novos, sem emendas do passado.



Obs.: Não sei as "n " interpretações que farão desse texto. Só posso dizer
que a cada frase escrita meu coração se ocultava ... E no final de tudo
apenas reclamou "não era nada disso que eu queria dizer".
















segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

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Hoje sentí um nó na garganta e veio em meus olhos sinais de lágrimas, as quais escorreram pelo meu interior. Olhei ao redor e tudo parecia tão vazio...
Nesse momento, estou tentando arquivar em algum espaço dessa minha mente as lembranças e criando coragem para não deixar com que o passado se torne outra vez em presente.
Quero deixar no esquecimento o que fora vivido, mesmo sendo tão difícil!
Quero olhar insistentemente para além do que posso enxergar e quem sabe, olhando assim,
eu encontre a esperança perdida em algum lugar...