quinta-feira, 24 de março de 2011

O que dizer de um amigo


O que dizer de um amigo que...

te surpreende,

te entende,

te segura pela mão nos momentos mais dificíeis.

O que dizer de um amigo que...

não encobre o seus erros,

que te chama à atenção sempre que for preciso,

que não te olha com desprezo quando você confessa ter tido uma atitude não muito agradável.

O que dizer de um amigo...

que compartilha com você do melhor que ele tem,

que se importa com a sua felicidade,

que te ensina sobre o mais belo dos sentimentos, o amor.

O que dizer de um amigo...

que sempre se lembra de você, ainda que todos tenham te esquecido.

O que dizer de um amigo...

Que te amou de tal maneira,

que foi capaz de oferecer a vida do seu único filho em favor da sua.

Você... eu não sei o que diria...

Mas eu, nesse momento, não consigo expressar com palavras.

Porque esse seu amigo... meu amigo também é.

O silêncio toma conta de mim...

e tudo o que soa do meu coração

ainda é insuficiente para agradecer

tamanha amizade.



Obs.: Ao autor e consumador da nossa fé, Jesus filho de Deus, minha eterna gratidão♥



quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O amor...


O amor,

não se importou com a porta do coração que estava fechada,

não se distraiu com as várias portas de outros que estavam abertas...

O amor,

não desitiu de conquistar um coração tão machucado,

não teve medo de ouvir um não,

compreendeu que o tempo era a forma mais charmosa de fazer o outro entender que há sempre espaço para um novo começo.

O amor,

Me abraçou,

Me acolheu,

Me entendeu...

E eu que era tão só,

Hoje, passado quatro quadrinhos de felicidades do calendário,

Comemoro:

Dois corações que agora andam juntos,

Duas vidas que se cruzazram e permanecem em um só caminho,

Dois olhares que se encontraram e agora olham para a mesma direção...

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Um hospital e várias histórias, parte II


Voltamos ao hospital na terça-feira seguinte. Eu estava muito gripada e precisei usar uma máscara para não infectar os pacientes. Minha voz estava horrível, mas minhas companheiras me ajudaram na hora da cantoria. Chegamos na sala onde Alisson estava, ela parecia bem melhor, apesar de agora está mais magro. Contamos histórias, cantamos e conversamos sobre a vida e nossas experiências como seres humanos, foi uma tarde maravilhosa.
Após conversarmos bastante com Alisson o convencemos de que precisavamos ir em outros leitos visitar outras pessoas. Antes de eu sair, Alisson me chamou e disse que na próxima terça queria me ver melhor e sem aquela máscara, eu sorrir e disse que queria muito que isso acontecesse.
Acabando o nosso trabalho no hospital, voltamos para a Universidade para guardar o material que sempre usamos durante as nossas visitas no intuito de incentivar os pacientes ao hábito da leitura. Passamos a semana pensando naquele garoto e ansiosas para vê-lo logo, no entanto fomos inviabilizados de ir ao hospital pelo fato de um feriado acontecer justo na terça-feira, tivemos que esperar mais uma semana para podermos visitar os pacientes.
Enfim, chegou a tão esperada terça-feira, enquanto estavamos na estrada cnversarvamos a respeito de todas as crianças e adultos que tinhamos contato e inclusive sobre Alisson, pensavamos que ele poderia está em casa ou que ele já poderia está bem melhor, andando por aquele hospital... nossas expectativas eram bastante positivas.
Ao chegar no hospital, passamos pelo corredor que nos dá acesso aos leitos. Deixamos grande parte do nosso material na Brinquedoteca e partimos para o setor da oncológia. Passamos por mais um corredor, meu coração acelerava, estava muito ansiosa para saber como se encontrava Alisson. Quando viramos o corredor e ficamos em frente ao quarto em que Alisson passava grande parte do seu tempo, tivemos uma surpresa... não havia mais ninguém lá, por um instante veio uma confusão em meu ser de alegria e tristeza por não saber o que se passava. Procuramos a enfermeira para perguntar o que havia acontecido, ela nos respondeu:
- Alisson... Alisson acabou de falecer essa manhã... ele estava sofrendo muito, não conseguia mais comer e nem beber, estava com os lábios feridos, o ferimento na barriga não cicatrizava. Ele faleceu essa manhã.
Eu não sei explicar o que sentí na hora, não sabia o que pensar... quis parar o trabalho durante aquele dia e ir para casa, mas não podia, ainda precisavamos passar em muitos quartos e ainda faltava completar o trabalho na brinquedoteca. Lembrei de todas as palavras que Alisson nos dizia, a certeza com que ele falava que iria melhorar e que logo estaria em casa... a forma como ele falava de Deus e do desejo que ele sentia em trabalhar com o evangelismo... Alisson foi um exemplo de superação para mim, ele estará para sempre guardado em meu coração. As imagens dos nossos dias, os sons das canções entoadas por nós, os momentos de conversas... não esquecerei.
Todas essas experiências têm me tornado em um ser humano melhor. Tenho compreendido aquela mensagem "Amarás o teu próximo como a ti mesmo...". Hoje sei o quanto é precioso fazer uma pessoa sorrir, ter um istante para ouvir o outro, tornar o dia das pessoas mais especiais...
Fazer a diferença de forma positiva na vida de alguém não tem preço.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Um hospital e muitas histórias parte I


Os dias seguem e com eles seguem as minhas reflexões.
Em momentos nostálgicos me deparo com aqueles sorrisos e com os olhos de esperança daqueles que esperam que a vida lhes dêem mais um instante de suspiro.
É assim, a minha rotina, todas as terças-feiras sei que os encontrarei naquela mesma sala,as vezes os encontro brincando ou repousando em suas caminhas, esperando que o remédio alivie as dores sentidas.
Certo dia, chegamos na Oncológia e na sala de isolamento estava um garoto chamado Alisson, de 16 anos apenas. Ficamos sem saber o que fazer, se iríamos ali contar história para ele, ainda que fosse só da porta ou se retornavamos um outro dia. Pensamos, repensamos e algo nos dizia que tinhamos que ir lá... e fomos.
Chegamos no quarto onde Alisson estava, com nossas histórias em imagens ampliadas e eu como meu velho violão e as poucas notas que sei... Fomos recebidos com um lindo sorriso, apesar da doença ele parecia está bastante forte. Perguntamos se podíamos contar uma história para ele e recebemos na hora uma linda afirmativa. Contamos a história "A ovelha perdida", logo depois ele nos pediu para que tocassemos uma música, escolhemos 'A minha vida é do mestre' de Lázaro, durante a canção ele me olhava e eu olhava para ele sorrindo, em alguns instantes percebí que meu sorriso começava a ser respondido com lágrimas vindas dos olhos daquele adolescente e eu não sabia o que fazer para controlar a minha emoção, meus olhos apertaram, veio um nó na minha garganta... Vanessa, uma das voluntárias percebeu o que estava para acontecer e no mesmo istante sorriu para mim, e entre o sorriso ela dizia 'não chore, ele vai perceber... sorria'. Assim, eu ganhei forças e pude concluí a música. Alisson não queria mais que nós vinhessemos embora, pediu para que tocassemos outras músicas... passamos a maior parte da tarde com ele. No final ele nos disse o quanta havia sido bom estarmos ali e que aquele momento era só uma fase ruim que ele estava passando e que em pouco menos de um mês ele estaria em casa.
Alisson, olhos e sorriso cheios de esperança... Na barriga um ferimento com odor quase insuportável provocados pelo suco gástrico que jorrava daquela ferida ainda aberta... Tudo o que ele comia, com pouco tempo era jogado para fora por meio daquele liquído que lhe causava tanta dor. Sustentado por Deus e por vários soros durante o dia., Alisson não estava podendo andar, estava muito fraco mas transmitia tanta força e certeza no que dizia: "Eu vou ficar melhor, já disse para os meus irmãos que ficaram lá na cidade onde eu moro me esperando. Eles disseram que iriam fazer uma festa quando eu voltasse. Eu já disse que quero sair daqui antes do encontro de jovens que vai ter lá na minha igreja... isso eu não posso perder."
No final da tarde, prometemos que voltaríamos na próxima terça-feira. Ele disse que esperaria mesmo e que iria contar para todos sobre a visita que recebeu.
A história continua....

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A espera



A espera...
é um caminho
que só os que têm fé
conseguem trilhar
.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Tic-tac


Correria...
Não tenho tempo para aqueles que considero importantes,
Para aquilo que gosto de fazer,
Para olhar às paisagens que me cercam.
Imediatismo...
Não tenho tempo para refletí,
Para segurar a palavra que não deveria ser dita,
Para freiar a impulsividade.
Indiferença...
Não tenho tempo para estender a mão ao necessitado,
Para agradecer à um favor,
Para memorizar um pedido.
Tic-tac, tic-tac...
O tempo acabou!
Apenas restaram as palavras e a saudade no UNIverso daquilo que ficou...
Do que ficou eu disse?
Correria, Imediatismo, Indiferença...
No final, nada ficou...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Sei que só


Sei que só,


rodeada de pessoas, mas ainda só.


Querer o que não se tem, estar só.


Buscar, encontrar e deixar partir, continuar só...


Não por querer,


mas por não conseguir deixar de ser Sol.





Obs.: As vezes precisamos de um momento só nosso. Pensar sobre quem somos, para onde estamos indo, como nos comportamos como seres humanos, são momentos essencias na vida de qualquer ser, mas nada se compara aos momentos que compartilhamos com outros seres humanos. Portanto, desfrute de alguns minutos com você mesmo, mas não se esquive de passar horas com aquele que é exterior à você!